A jornalista portuguesa Ana Cristina Pereira, do Público, viaja amanhã para a Guiné-Bissau onde permanecerá cerca de três semanas a recolher histórias de mulheres guineenses por todo o país. No final, as histórias serão reunidas na primeira publicação da Casa dos Direitos, cujo tema principal deste ano são os Direitos das Mulheres.
Antes da sua partida, a jornalista escreveu uma crónica para o jornal Público:
Guiné-Bissau, para mim, não será "mais uma" viagem. É, sim, o meu projecto de voluntariado no Ano Europeu do Voluntariado
Texto de Ana Cristina Pereira • 19/10/2011 - 09:00
Antes da sua partida, a jornalista escreveu uma crónica para o jornal Público:
Guiné-Bissau, para mim, não será "mais uma" viagem. É, sim, o meu projecto de voluntariado no Ano Europeu do Voluntariado
Texto de Ana Cristina Pereira • 19/10/2011 - 09:00
Era a mais
antiga esquadra da Guiné-Bissau. Está a ser transformada na Casa dos Direitos.
Por estes dias, a Fátima Proença, da Associação para a Cooperação Entre os
Povos (ACEP), anda por
lá, às voltas com o empreiteiro. Levar-me-á à obra nesta quinta-feira, quando
despertar da minha primeira noite em Bissau.
Há organizações com diversas abordagens aos direitos e à sua realização. Garantia-me ela, com aquele seu entusiasmo, que seis delas, umas maiores, outras mais pequenas, estão com vontade de unir esforços. Irão colaborar neste projecto, na Casa dos Direitos, que sendo uma casa, será mais do que uma casa, será "uma rede de recursos para a paz e para o desenvolvimento".
A Casa dos Direitos
funcionará como um centro de documentação, de formação, de debate – e de
trabalho para a Liga Guineense de Direitos Humanos e outras organizações. A
ideia é criar um espaço de referência, uma instância de diálogo. Haverá um
programa anual com acções abertas ao púbico em geral – uma exposição
fotográfica, uma publicação em formato papel, um produto multimédia, debates.
Neste primeiro ano, o tema é a mulher.
E é isso. Às
19 horas desta quarta-feira, 19 de Outubro de 2011, apanho um avião para a Guiné-Bissau.
Durante três semanas, percorrerei o país a recolher histórias de vida que
sejam, de algum modo, exemplificativas do exercício e da violação dos direitos
das mulheres.
Para mim, não
será "mais uma" viagem, "mais um" trabalho, "mais
um" mergulho num quotidiano alheio. Este será – já é – o meu projecto de
voluntariado no Ano Europeu do Voluntariado. E
dele vos irei dando conta, ao ritmo que for possível, nas próximas semanas.
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