segunda-feira, 2 de março de 2020

MINJERIS I FORSA DI NO TERA! | 6.ª RODA DE MULHERES NA CASA

A instabilidade e a polarização política que a Guiné-Bissau vive acarretam graves consequências na coesão social, afetando de maneira determinante o desenrolar do curso de vida da população em geral, e das mulheres em particular, que sofrem de forma permanente a interrupção de “um futuro que nunca chegou”, de um futuro adiado.

Neste ano, por ocasião das comemorações do Dia Internacional das Mulheres, a Casa dos Direitos, através da Tiniguena e da ACEP, realiza a 6.ª Roda das Mulheres, sob o lema “Minjeris i forsa di no tera!”, que terá lugar no dia 10 de Março, das 9H00 às 13H00, no salão nobre da Casa.

Nesta Roda, iremos juntar mulheres líderes da Guiné-Bissau, comprometidas com o desenvolvimento do país e com uma sociedade igualitária, para um debate e intercâmbio sobre as consequências da instabilidade política no tecido social das comunidades e a contribuição das mulheres para a promoção do diálogo, da harmonia e da coesão social.

Por ocasião, será inaugurada a exposição “Estamos Aqui! Uma nova geração de mulheres da Guiné-Bissau” da autoria do fotógrafo de São Tomé e Príncipe Dário Pequeno Paraíso. Um retrato de jovens mulheres que se destacam em diversas esferas da sociedade e que não param e não se resignam face aos desafios do país.

domingo, 1 de março de 2020

CASA DOS DIREITOS: REAFIRMAR OS PRINCÍPIOS FUNDADORES PARA FAZER FACE AOS DESAFIOS DO PRESENTE E CONTINUARMOS A CONSTRUIR O FUTURO

No momento em que a Casa dos Direitos completa oito anos de existência, as organizações membros do consorcio reuniram-se este fim de semana na Casa para fazer um balanço do caminho percorrido, dos sonhos que as juntaram e para projectarem o futuro.

O momento político é particularmente conturbado e exigente. Já assim foi em 2012, por altura da fundação e nos tempos que se lhe seguiram. O questionamento sobre a forma como o contexto da Guiné-Bissau hoje nos interpela foi assim o ponto de partida para uma reflexão e reafirmação da Casa enquanto espaço de promoção da Justiça e dos Direitos Humanos, na base da acção colectiva.

Como no início, a Casa dos Direitos alicerça-se em princípios e valores como a justiça, a solidariedade, a dignidade, a cooperação, a democracia participativa, a igualdade de género, o diálogo entre gerações, o respeito pelo Estado de Direito e a promoção da Paz. Nos próximos oito anos, continuaremos a promover uma cultura de Direitos Humanos em todas as suas dimensões, com base na co-responsabilização entre actores nacionais e internacionais.

Continuaremos a ser um espaço de debate e de encontro da e para a sociedade civil e a contrariar as ideias simplistas e estereotipadas do país. Continuaremos numa atitude exigente de monitoria e de influência política em torno da realização de direitos.

Continuaremos a ser uma porta aberta a todos e a todas.

Continuemos.